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Alfred Brendel

Honoris Causa
Função
Músico
País
Áustria
Proponente
Faculdade de Letras
Data de atribuição
Foto de Alfred Brendel
Nota Biográfica

Alfred Brendel, KBE (hon.), nasceu em 1931 em Wizemberk, hoje na República Checa e vive desde 1971 em Londres. Estudou piano e composição em Zagreb e Graz, e teve aulas com os pianistas Edwin Fischer, Paul Baumgartner e Eduard Steuermann.   Nos últimos 60 anos desenvolveu uma longa carreira internacional de pianista. São particularmente aclamadas as suas interpretações de Mozart, Haydn, Beethoven e Schubert. Contribuiu decisivamente para a redescoberta das sonatas para piano de Schubert e para a inclusão de obras de Schoenberg no cânone pianístico; mas dedicou a sua atenção também a Schumann, Liszt, Brahms e Busoni. Acompanhou ainda grandes cantores como Hermann Prey, Dietrich Fischer-Dieskau e Matthias Goerne. Despediu-se dos palcos em finais de 2008, com a Orquestra Filarmónica de Viena.

Alfred Brendel é igualmente um escritor prolífico: poeta, crítico, e ensaísta. Os seus escritos revelam um leque de interesses frequentemente extra-musical: escreveu sobre igrejas românicas, arquitectura barroca, Dada, Shakespeare, poesia nonsense, e Edward Gorey. Escreveu para a New York Review of Books, é autor de dois livros de poesia (Fingerzeig, 1996; e Cursing Bagels, 2004, coligidos em Playing the Human Game, 2010) e de várias colectâneas de ensaios, mais notavelmente a edição recente e mais completa de Music, Sense and Nonsense (2017), A Pianist’s A-Z (2013),  a longa entrevista com Martin Meyer The Veil of Order (2017) e ainda de The Lady From Arezzo (2020). 

Alfred Brendel foi objecto de inúmeras distinções e graus honoris causa, nomeadamente de muitas universidades e conservatórios, entre os quais  Londres, Cambridge, University College Dublin, Royal College of Music, Oxford, New England Conservatory, McGill, Julliard School of Music e Yale. É um exemplo de uma pessoa em quem se combinam interesses musicais com muitos outros interesses intelectuais, ideias próprias e conhecimento profundo de muitas tradições diferentes; um exemplo do melhor que as Humanidades podem dar e podem revelar.