Sorry, you need to enable JavaScript to visit this website.
Passar para o conteúdo principal

Marajó das Letras

Marajó das Letras

No âmbito da exposição do MUDE "Como se pronuncia Design em português: Brasil Hoje", é exibido o documentário "Marajó das Letras" seguida de uma conversa com: Fernanda Martins, Sâmia Batista, Priscila Vasconcelos, Mário Feliciano e Frederico Duarte (moderador).


O documentário ‘Marajó das Letras’, é fruto da segunda etapa do projeto Letras que Flutuam, que agora mapeia os mestres pintores de letras de barcos da ilha do Marajó, chamados abridores de letras. Este saber difuso, pode ser encontrado ao longo dos rios da Amazónia, onde cada município apresenta as suas características próprias. Algumas das características são reveladas nesta obra que traz não só uma visão documental das letras decorativas amazónicas, mas também a poética por trás dos traços destes artistas, que flutuam nas águas do gigantesco arquipélago do Marajó.

Abrir letras em barco é um ofício associado à pintura tradicional com pincel, técnica pela qual os nomes das embarcações são pintados com letras coloridas decoradas. Detentores dessa técnica, encontramos artistas que se destacam em todos os municípios, uns com conhecimento prévio adquirido em cursos, outros cujo aprendizado se deu de forma cotidiana. Um sintoma muito evidente no Marajó é a presença da pintura com pistola - à qual chamam de “grafite” - muito marcante em embarcações menores, as chamadas “rabetas”. A pistola vem ganhando espaço no Marajó por causa da rapidez da entrega da pintura no lugar do pincel. Essa realidade vem imprimindo na paisagem marajoara uma outra atmosfera, influenciada pelos veículos de comunicação e, principalmente, pela internet. A presença de embarcações grafitadas vem crescendo, com suas artes aplicadas com pistola e stencil, simulando efeitos de luz, vento, fogo e texturas diversas. “O maior acesso a informação que as novas tecnologias proporcionam vai impactar a paisagem visual da Amazônia ribeirinha. A questão é como estas linguagens, as tradicionais e as inovadoras, podem coexistir de maneira construtiva. A educação e a valorização da cultura são chaves para essa relação”, explica a diretora do documentário Fernanda Martins.

ULISBOA NEWS

Para que esteja sempre a par das atividades da ULisboa, nós levamos as notícias mais relevantes até ao seu email. Subscreva! 

SUBSCREVA

Caleidoscópio
Categorias:
Partilhar