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Luis Miguel Cintra

Honoris Causa
Origem
Universidade de Lisboa
Função
Ator
País
Espanha
Proponente
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Data de atribuição
Luís Miguel Cintra
Nota Biográfica

Nasceu em Madrid em 1949. Iniciou a sua carreira de actor e encenador em 1968 no Grupo de Teatro da Faculdade de Letras de Lisboa. Frequentou a Bristol Old Vic Theater School em Inglaterra. Em 1973 fundou em Lisboa com Jorge Silva Melo o Teatro da Cornucópia que desde essa data dirigiu, a partir dos anos 80, com Cristina Reis, e onde durante 43 anos encenou e representou textos de todo o repertório teatral. Em 1984 participou com o seu grupo no Festival de Teatro da Bienal de Veneza. Ainda em 1988 encenou para o Festival de Avignon, com Maria de Medeiros, o espectáculo La Mort du Prince et Autres Fragments de Fernando Pessoa que voltou a apresentar no ano seguinte, no Festival de Outono de Paris. Em 1991 apresentou-se com o Teatro da Cornucópia em Bruxelas por ocasião da Europália e em Udine para uma das sessões de L'École des Maîtres que lhe foi dedicada. Em 1997 interpretou no Théâtre de la Commune-Pandora, AubervilliersParis, Sertorius de Pierre Corneille, enc. de Brigitte Jaques. Em 2005 encenou no Teatro de la Abadía de Madrid Comedia sin Título de Federico Garcia Lorca. Como encenador de ópera, encenou no Teatro de S. Carlos em Lisboa L'Enfant et les Sortilèges de Ravel e Dido e Eneias de Purcell em 1987; As Bodas de Figaro de Mozart em 1988, L’Isola Disabitata de Haydn em 1997; Jeanne d’Arc au Bûcher de Honneger/Claudel em 2003, Medea de Cherubini em 2005, Dialogues des Carmélites dePoulenc em 2016 e The Rape of Lucrecia de Britten em 2018. Sob a direcção musical de João Paulo Santos, encenou, além destas duas últimas: em 1990, em co-produção com a R.T.P., no Teatro da Cornucópia, Façade e O Urso de William Walton; em 1996, na Culturgest, The Strangler de Martinu; em 2000, em co-produção do Teatro da  cornucópia/Culturporto/Teatro Nacional de S.Carlos/Orquestra Nacional do Porto, The English Cat de H.W.Henze/E.Bond e em 2004 Le Vin Herbé de Frank Martin para o Teatro Aberto. Como recitante colaborou com o Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, com o Coro Gulbenkian, e com Nuno Vieira de Almeida em recitais com obras de HansWerner Henze, Honneger, Schubert, Lizt, Satie, Poulenc e Garcia Lorca. Para o Teatro de S. Carlos fez a direcção de actores e interpretou o papel titular de Manfred de Schumann/Byron sob a direcção musical de Marko Letonja. Faz regularmente recitais de poesia e gravou a leitural integral para a rádio de Viagens na Minha Terra de A. Garrett e, em cassette, Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco. Gravou CDs com poemas de Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner, Ruy Belo, Camões, Antero de Quental, Gastão Cruz, dois sermões de António Vieira, todas as Canções de Camões e o Apocalipse de João. No cinema interpretou filmes de João César Monteiro, Paulo Rocha, Luis Filipe Rocha, Solveig Nordlund, Jorge Silva Melo, Manoel de Oliveira, Christine Laurent, José Álvaro de Morais, Pedro Costa, Joaquim Pinto, Maria de Medeiros, Patrick Mimouni, Teresa Vilaverde, João Botelho, Pablo Llorca, Jorge Cramez, John Malkovich, Raquel Freire, Jean-Charles Fitoussi, Catarina Ruivo, Margarida Gil, João Constâncio, João Nicolau.