"Effective regulation" and the real risks of AI.
O investigador Antonio Casilli, do Centro Internet e Sociedade (CNRS) e Instituto Politécnico de Paris, é o orador convidado da Abertura do Ano Letivo no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa com a palestra “What'ssofunnyabout "effectiveregulation" of AI? Fake uncertainties and real risks in the social impact of new technologies”.
O debate sobre a regulação da Inteligência Artificial está na ordem do dia. Instrumentos como o ChatGPT vieram em poucos meses revolucionar a forma como se escrevem textos, se fazem pesquisas na internet ou se criam imagens. Mas figuras de relevo das próprias empresas tecnológicas, como Geoffrey Hinton da Google ou o próprio Sam Altman, CEO da OpenAI, empresa criadora do ChatGPT, têm defendido a necessidade de regulação da área. A regulamentação tem o potencial de moderar a inclinação da indústria tecnológica de “agir rapidamente e quebrar as coisas”. Contudo, o que caracteriza esta regulamentação? Por que é considerada “eficaz”? Por que recebe o apoio de figuras influentes no setor tecnológico? Ao analisar a regulamentação da anotação de dados para a IA, a palestra de Antonio Casilli procura salientar como o intenso foco atual nos “riscos existenciais para a humanidade” muitas vezes obscurece preocupações mais prementes, como as violações de privacidade reforçadas pela IA, a discriminação e a ascensão do autoritarismo.
Antonio A. Casilli é professor de sociologia no Instituto Politénico de Paris e investigador visitante no Centro Internet e Sociedade (CIS) do CNRS. Desenvolveu trabalho de campo na Ásia, África e América Latina e coordenou vários projetos de investigação internacionais. É cofundador do programa de investigação DiPLab (Plataforma Digital de Trabalho) e modera a INDL (Rede Internacional de Trabalho Digital). Entre os seus livros está o premiado "En attendant les robots" ("Waiting for the Robots: An Inquiry into Click Work", University of Chicago Press, no prelo). Em 2020, foi consultor editorial da série documental "Invisibles - Clickworkers" para o canal de televisão público francês France Televisions, com base na sua investigação.
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