“O impulso fotográfico”
Nesta exposição, a expansão da fotografia associa-se à expansão científica colonial, e a uma certa vocação colonial da fotografia sob a forma de uma tecnologia usada pela ciência para medir, classificar e arquivar documentos de modo potencialmente infinito, reprodutível e difundido de modo massificado.
![“O impulso fotográfico”](/sites/default/files/styles/max_1300x500/public/images/wide_image/2024-02/9449-ae40d40d9ca13da27b8658dc754f69dd.png?itok=NKojTfli)
Partindo desta obsessão pela medição e classificação, mostra-se os modos como territórios e corpos africanos foram medidos e apropriados durante as missões científicas de geodesia, geografia e antropologia e como se difundiram as narrativas da ciência colonial. Mas também se mostra como resistiram, através de outras histórias (ficcionais ou não), desvendadas e criadas pelo sentido crítico da curadoria participativa de artistas e investigadores(as) e ativistas.
A exposição é o resultado destes encontros, dúvidas e questionamentos da equipa multidisciplinar que se envolveu em diferentes fases do projeto, desde a conservação e restauro à digitalização de fotografias e filmes, desde a investigação teórica à propostas artísticas, até à própria construção museográfica.
Qual o significado destas coleções de fotografias e objetos, no presente, para as diferentes comunidades? Que marcas deixaram enraizadas na sociedade?
Esta é uma exposição concebida para questionar e ser questionada.
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