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Dia Mundial da Poupança

No Dia Mundial da Poupança importa recordar o que é a poupança. Para esse efeito falámos com o Dr. João Tomé Calado do Instituto Superior de Economia e Gestão que explica como é que os estudantes podem poupar durante a vida universitária.

Dia Mundial da Poupança

A poupança é a parte do rendimento disponível que não é consumida. Poupar exige que não se consuma todo o rendimento. Poupar é um comportamento do indivíduo que visa o diferimento ou abstenção do consumo, com vista a uma posterior utilização do rendimento assim acumulado.

Quando se fala de conselhos para poupar fala-se de conselhos para reduzir as despesas de consumo que permitam a um indivíduo gerar um excedente no seu orçamento pessoal.

Um estudante universitário incorre em muitas despesas que resultam direta ou indiretamente da formação académica que escolheu. Importa, assim, considerar alguns conselhos que permitam reduzir o total das despesas do orçamento de um estudante universitário ou procurar fontes alternativas de financiamento que permitam aumentar o rendimento disponível.

1. CRIAR UM ORÇAMENTO

O primeiro passo é medir, isto é, saber qual o rendimento disponível e quais as despesas mensais a suportar. Ou seja, antes de mais, há que elaborar um orçamento mensal e até se possível anual (por exemplo, para o período letivo). Um orçamento deve incluir a previsão de todos os rendimentos e de todas as despesas para o período considerado. Embora o orçamento seja elaborado com base em previsões, estas devem ser rigorosas e ajustadas à realidade pessoal.


2. EXECUTAR O ORÇAMENTO MENSAL

Munidos de um orçamento há que passar à sua execução que deve ser tanto mais rigorosa quanto possível. A execução deve ter como objetivo o equilíbrio mensal, isto é, o total de despesa prevista deve ser inferior ou igual ao rendimento total.

Se houver planos para médio prazo (férias, aquisição de um veículo motorizado, aquisição de um telemóvel ou de um computador pessoal, por exemplo) fará sentido gerir o orçamento mensal de modo a gerar um excedente (poupança) que mais tarde servirá para financiar as despesas inerentes a esse plano.


3. PROCURAR BOLSAS E APOIOS FINANCEIROS

No orçamento de um estudante universitário uma das rubricas responsável por parte considerável da despesa fixa é a propina. A candidatura a uma bolsa de estudo destinada a alunos no âmbito do sistema de apoios sociais ou a bolsas de mérito atribuídas a alunos com resultados excecionais pode constituir uma forma alternativa de financiar esta rubrica fundamental no orçamento de um estudante.


4. PARTILHA DE HABITAÇÃO

Nem todos os alunos universitários têm a sua residência principal ou de família próximo do estabelecimento de ensino que estão a frequentar. Uma parte significativa dos alunos universitários são deslocados, assim, uma das despesas mais considerável no orçamento destes alunos é a renda da habitação.

O recurso às residências universitárias é sem dúvida a solução preferencial para minorar este tipo de despesa, no entanto, apesar do esforço de investimento das Escolas ainda não é possível assegurar uma oferta de espaços em residências universitárias consentânea com a procura existente. Resta o recurso a outras soluções. O conforto e a privacidade de se viver sozinho são inegáveis, mas a verdade é que a partilha da casa é uma forma importante de reduzir os encargos com a habitação que deve ser considerada por todos os estudantes.


5. REFEIÇÕES BOAS E BARATAS

A alimentação é outra rubrica do orçamento de um estudante que assume um peso considerável no total das despesas, por isso, para conseguir reduzir os gastos de alimentação é indispensável procurar uma solução em fazer refeições fora seja a exceção. De salientar que para um estudante universitário há sempre a possibilidade de cozinhar as suas próprias refeições e também a possibilidade de recorrer à cantina da universidade. Estas duas são as soluções, normalmente, mais económicas.

Se optar por cozinhar em casa, deverá assegurar a compra de produtos alimentares saudáveis e económicos. A forma mais adequada de reduzir as despesas com as compras de produtos alimentares é elaborar uma lista semanal que permita confecionar um determinado menu. A lista de compras deve ser respeitada evitando as compras por impulso. Com a experiência é possível identificar opções de compra mais baratas em termos de estabelecimento e de marca. A opção por uma marca branca normalmente é mais económica e assegura um certo nível de qualidade.


6. MATERIAIS ESCOLARES

As despesas com a aquisição dos materiais escolares, embora variem significativamente de curso para curso, em regra, consomem uma parte substancial do orçamento pessoal. Importa assim procurar soluções que reduzam este encargo, por exemplo, comprando livros e equipamentos em segunda mão, recorrendo ao empréstimo junto de colegas, ou, se legal, optando pelas cópias de materiais de estudo. Normalmente a Associação de Estudantes da Escola poderá ajudar nesta procura de soluções que reduzam os custos com os materiais escolares.


5. POUPAR NOS TRANSPORTES

Todos os estudantes necessitam de se deslocar para o estabelecimento de ensino e por isso esta despesa é sempre algo a considerar, mas torna-se particularmente relevante para os estudantes deslocados pois a ida a casa e o regresso à universidade mesmo que pontuais, podem ter um custo bastante significativo. Em todas as situações, usar os transportes públicos é a opção mais barata e mais sustentável, o uso do carro é de evitar. Atualmente, no entanto, existem plataformas digitais que permitem fazer da partilha de um carro uma solução muito interessante e prática.


6. COMUNICAÇÕES

As comunicações, nomeadamente as comunicações telefónicas e o acesso à Internet são indispensáveis para qualquer pessoa, especialmente para um estudante universitário. Nas Escolas, todos os estudantes têm acesso gratuito à rede Eduroam (Education Roaming) que tem por objetivo principal disponibilizar à comunidade académica um serviço de mobilidade, entre as instituições participantes. A rede Eduroam encontra-se atualmente disponível em 70 países. Esta rede permite um acesso pleno à internet e a comunicações sem qualquer custo. Não esquecer as muitas aplicações que permitem comunicar em tempo real e até telefonar a custo zero. Na escolha de planos de comunicação há que minorar os custos e escolher as opções minimalista para reduzir os encargos com esta rubrica.


7. APOIOS E SERVIÇOS

A Universidade possui um conjunto de infraestruturas de apoio a toda a comunidade académica. De entre esses serviços são de destacar as bibliotecas e laboratórios, os equipamentos desportivos (os ginásios, os pavilhões, as pistas, os campos), as salas de estudo, as salas multimédia com sistemas de gravação para produções áudio e vídeo, os centros médicos com marcação de consultas, apoio de enfermagem, apoio psicológico, o apoio na preparação para o ingresso na vida ativa, o apoio na formação ao longo da vida e, muito importante, as horas que os professores destinam ao apoio dos seus alunos. Recorrer a estas infraestruturas e facilidades de forma intensa e bem programada evita despesas significativas e escusadas.


8. DIVERSÃO

A vida académica não é só estudo e investigação é também uma oportunidade para conhecer novas pessoas e conviver. As atividades lúdicas nomeadamente as saídas noturnas, são também parte integrante da vida académica. Para não comprometer o orçamento com as saídas à noite, há que definir limites e valores máximos para este fim e principalmente procurar, sempre que possível, alternativas de convívio sem custos ou a preços reduzidos.

 

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