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Instituto de Astrofísica lidera um dos sistemas de controlo da missão Athena da ESA

Portugal, através do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) , uma das unidades de investigação e desenvolvimento da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa , ganhou um contrato tecnológico da Agência Espacial Europeia (ESA) relativo à missão Athena , uma das grandes missões do programa de longo prazo Cosmic Vision desta agência.

Instituto de Astrofísica lidera um dos sistemas de controlo da missão Athena da ESA

Nos próximos dois anos, a equipa portuguesa envolvida na missão Athena – da qual fazem parte 18 investigadores e técnicos, incluindo três estudantes de doutoramento da Faculdade de Ciências, e à qual se juntam também investigadores da Universidade do Porto - lidera o desenvolvimento de um sistema ótico para o telescópio espacial que fará uma radiografia do Universo nos raios X na próxima década. 

O trabalho, em consórcio com três indústrias ligadas ao sector aeroespacial (Frezite High Performance, Evoleo Technologies – portuguesas -, e Thales Alenia Space – italiana), vai desde o desenho e desenvolvimento do sistema de medida, à conceção da componente ótica e execução dos testes.

O telescópio Athena tem lançamento previsto para 2031. Conhecer a forma como os buracos negros com a massa de milhões de sóis determinaram a formação das primeiras galáxias e a evolução de galáxias como a nossa, ou ajudar a compreender como é que essas galáxias se arrumaram em estruturas com a extensão de centenas de milhões de anos-luz e que são o “esqueleto” do Universo, são alguns dos objetivos a alcançar, lê-se no comunicado de imprensa emitido pelo IA.

“O sistema que vamos fazer é um instrumento ótico que permite verificar a direção do espelho [do telescópio de 2,5 metros de diâmetro] e garantir que não existem deslocamentos laterais com um erro maior do que a centésima parte do milímetro entre o sensor de cada instrumento e o ponto focal do espelho. Mas o espelho está a 12 metros de distância. É um rigor muito grande”, comenta - na notícia publicada pelo IA -, Manuel Abreu, membro deste instituto e investigador de Ciências ULisboa.

De acordo com José Afonso, investigador do Departamento de Física (DF) e coordenador do IA, "a Faculdade de Ciências tem vindo a aumentar a sua capacidade e a sua intervenção no desenvolvimento científico e tecnológico de alguns dos projetos mais importantes para o avanço da Astrofísica, não só nos próximos anos, mas nas próximas décadas". No caso concreto deste contrato tecnológico, este é, de acordo com o investigador, “mais um sucesso de um esforço de quase 30 anos na Faculdade, que hoje é capaz de se apresentar, com os seus centros de investigação na vanguarda da investigação nesta área”.

O envolvimento estratégico nesta missão da ESA existe desde 2013. Em 2018 foi ainda organizado um dos encontros internacionais da equipa da missão Athena, onde se discutiu o desenvolvimento do instrumento Athena-WFI , os seus objetivos científicos e a preparação do centro de dados. Acontecimentos que demonstram "a aposta na Astrofísica da próxima geração" e que consolidam “a visão de longo prazo que garante que a nossa investigação irá continuar a dar frutos no futuro”, reforça José Afonso.

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