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Ensino

São estudantes da ULisboa e entraram com média de 20 valores

A vida de Ana Beatriz Costa, Carlos Vaz, Diogo Antunes, Gonçalo Monteiro, Gonçalo Ribeiro e Mitch Ali mudou no dia 26 de setembro quando, com média de 20 valores, entraram na maior Universidade portuguesa e uma das mais prestigiadas da Europa.

São estudantes da ULisboa e entraram com média de 20 valores

Para começarmos, colocámos a pergunta de qual o segredo para obterem notas excecionais. Carlos não tem dúvidas, “qualquer um consegue ter uma média de 20 valores. Não há nada fundamentalmente diferente do aluno de 20 para os restantes alunos. A chave é a abordagem que cada um tem à sua educação. O aluno que assume responsabilidade pela sua educação e que a aborda com a atitude e mindset certos tem meio caminho andado para alcançar notas excelentes. E o que resta é foco e dedicação.” Gonçalo Ribeiro concorda e reforça ainda que é importante conjugar a vida social com a vida académica. “Não se desleixem na escola, tracem objetivos e lutem por eles, sem descurar as amizades e a família. É aí que reside o segredo.”

Estes estudantes admitem que a escolha do curso foi uma decisão que implicou grande reflexão. Ana afirmou que “até há bem pouco tempo, queria seguir algo relacionado com as línguas. A tradução sempre foi uma área que me fascinou e algumas das minhas atividades extracurriculares centravam-se nas línguas e nas artes, como o teatro ou a poesia. Contudo, a ciência, sobretudo a física, despertaram a minha curiosidade. Desde tenra idade que tenho o cientista Einstein como um dos meus maiores ídolos e, como tal, recentemente comecei a ponderar uma área relacionada com a física. Após alguma pesquisa, compreendi que o curso de Engenharia Física e Tecnológica no Instituto Superior Técnico oferecia um leque bastante abrangente que inclui componentes relacionadas com a investigação ou direcionadas para partes mais práticas. Finalmente, mal descobri que o IST tinha parcerias com empresas como a NASA e o CERN e um programa de Erasmus bastante aliciante, a minha decisão ficou tomada.”

Carlos também escolheu o Instituto Superior Técnico, “após alguma deliberação e depois de pedir várias opiniões cheguei à conclusão que o curso de Engenharia Informática e de Computadores no Instituto Superior Técnico era a escolha certa, visto que era o curso que melhor refletia os meus interesses, na melhor escola de engenharia em Portugal, e por ser uma área onde ocorre muita inovação, com uma enorme procura no mercado de trabalho.” Por outro lado, Mitch Ali decidiu escolher o curso de Desenho na Faculdade de Belas-Artes porque “achei que as cadeiras e as optativas que oferecia eram o mais próximo daquilo que procurava.”

Como em qualquer nova etapa, e apesar de estarmos num ano atípico, estes estudantes estão cheios de sonhos e expectativas e nem por isso deixam de acreditar que vai ser um ano em grande. Diogo não tem dúvidas que “as expectativas que tenho são partilhadas por qualquer aluno que esteja agora a ingressar no Ensino Superior – encontrar professores exigentes e apaixonados pelas disciplinas e colegas que me motivem a empenhar-me. Sei que a pandemia que vivemos nos força a um ensino à distância, mas deposito a minha confiança nos dirigentes da universidade, professores e alunos, pois acredito que farão todos os possíveis para que tudo corra da melhor forma possível.

Os desafios que se avizinham são bastantes mas com perseverança tudo se consegue ultrapassar.” Mitch Ali espera “encontrar desafios não apenas como artista, mas também desafios que me façam crescer mentalmente. Estar numa faculdade cheia de artistas, onde posso encontrar competição saudável e pessoas que partilham o mesmo objetivo que eu e espero também que os trabalhos não sejam básicos.” Gonçalo Monteiro é o exemplo de quem não tem medo do futuro “não espero encontrar nenhum desafio em específico, mas qualquer um que apareça será bem-vindo, até porque é com desafios que as pessoas aprendem e evoluem.”

Mas a vida destes sete estudantes é mais do que estudar. Ana confessa que “sou uma pessoa bastante normal em termos de hobbies. À exceção do típico deitar no sofá a ver televisão ou estar no quarto a ouvir música, gosto de ler e aprender novas línguas.” Diogo diz-nos que os seus tempos livres “são essencialmente dedicados a passar tempo com os meus amigos e família, a ler e, sempre que possível, praticar desporto.” E Gonçalo Monteiro. gosta de sair com os amigos, jogar bilhar e tocar guitarra.

Questionados sobre como imaginam a sua vida daqui a 20 anos todos têm dificuldade em responder mas têm muitos sonhos e ambições. Carlos diz-nos que se vê “como uma pessoa que não se cansa de aprender coisas novas, como uma pessoa que dá valor ao rigor e de preferência a trabalhar em algo que gosto, provavelmente algo dentro do vasto mundo da informática.” Gonçalo Monteiro afirma que ainda não tem nenhuma ideia concreta mas que “gostaria de ser alguém bem-sucedido e que tenha contribuído para um mundo melhor”. Mitch Ali ambiciona “ser um dos melhores artistas do mundo, ser um exemplo e inspirar as próximas gerações de artistas”. Gonçalo Ribeiro, considera que a vida se define pela sua imprevisibilidade e, por isso, evita responder a questões que envolvam o futuro. Já Ana afirma que “com alguma sorte, aos 38 anos estarei a trabalhar no estrangeiro numa empresa parceira do IST enquanto investigadora científica ou física teórica. No entanto, ainda é demasiado cedo para fazer previsões, já que eu sou uma pessoa com interesses variados.Contudo, sem dúvida que irei procurar uma profissão que me apresente desafios diariamente, pois não há nada mais motivante do que ser constantemente posta à prova."

Nota: Além destes estudantes também Joana Araújo entrou com média de 20,00 valores no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa.

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