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Estudantes do Instituto Superior Técnico organizaram a SINFO 29: a maior conferência gratuita de tecnologia em Portugal

Centenas de pessoas passaram diariamente no evento tecnológico que permite um contacto único com oradores e empresas da área.

Estudantes do Instituto Superior Técnico organizaram a SINFO 29: a maior conferência gratuita de tecnologia em Portugal

“É quase impossível um evento desta dimensão ser apenas organizado por estudantes”, esta frase chega muitas vezes aos ouvidos dos alunos do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa que tornam possível a realização da SINFO – Semana Informática do Instituto Superior Técnico. A organização exímia, a capacidade de atrair empresas de várias áreas e a presença de oradores de renome internacional é de louvar, mas é mesmo obra de uma equipa de alunos que com “muito trabalho”, “dedicação imensa” e um “grande amor à camisola” conseguiu organizar mais uma edição de sucesso deste que é um dos maiores eventos tecnológicos em Portugal.

Cada um dos dias da SINFO 29 teve uma temática associada, inevitavelmente relacionados com a área de Informática. Ao longo da semana os participantes tiveram oportunidade de ouvir reconhecidos oradores internacionais e dezenas de profissionais. Entre os oradores que pisaram o palco principal encontramos nomes como: Erin Ramos (Head of Effects Animation na Walt Disney Animation Studios), Martin O’Donnell (Audio Director and Composer na Highwire Games), Sérgio Santos, (VFX Composition Supervisor, Dø Postproduction) e Eddy Willems (Security Evangelist, G Data CyberDefense), Chris Kubecka (Security Researcher, CEO, HypaSEC) e Shubha Swamy (Software Engineer,Twitter).

A fechar o leque de “KeyNotes” esteve esta sexta-feira, 11 de março, Christian Kroll, fundador da Ecosia, um motor de busca amigo do ambiente. Na sua palestra “How a tech startup planted over 150 million trees”, muito leve e assertiva, o empreendedor deu a conhecer um pouco da sua empresa e como diariamente contribuem para aumentar o número de árvores no planeta. “O Ecosia funciona como um motor de busca normal. Quando se carrega no botão de pesquisa obtém-se o resultado da sua pesquisa. E como todos os outros motores de busca, utilizamos os lucros que geramos com os nossos anúncios, mas a grande diferença é que usamos este dinheiro não para financiar veículos autónomos ou realidade virtual, mas sim para plantar árvores em todo o mundo”, começava por explicar.

O Ecosia já plantou árvores em mais de 20 países diferentes, passando por África até à América Latina, pela Indonésia e Espanha. “A nossa aposta é nos países em desenvolvimento para ajudar a criar oportunidades para as pessoas, ajudando a combater problemas com o fornecimento de alimentos, por exemplo. Ao plantar árvores, pode-se realmente iniciar um ciclo positivo para que as pessoas possam tornar as suas terras férteis novamente”, defendeu o empreendedor.

Mostrando que a preocupação ambiental está no ADN desta startup, Christian Kroll deu também a conhecer um pouco da empresa, explicando que o propósito da mesma está sempre assegurado, visto que ele e o seu sócio assinaram um compromisso juridicamente vinculativo que não permite retirar lucros da empresa ou vender a mesma. “Queríamos ter a certeza de que o objetivo central da Ecosia que é plantar árvores, será sempre protegido”, partilhou.

Os participantes tiveram oportunidade de assistir a mais de 60 sessões, muitas delas conduzidas por empresas, as designadas Lunch Talks – um conceito que a organização migrou da edição online do ano passado. “Lançámos esta ideia no ano passado e consiste na oportunidade de as empresas parcerias com o pacote mais alto terem um orador, escolhido por elas, no nosso palco principal e fazer uma keynote semelhante à dos nossos oradores internacionais”, explica João Pina, um dos coordenadores da SINFO 29. “A ideia foi muito bem-recebida pelas empresas, foi dos primeiros pacotes a esgotar”, acrescenta o aluno.

Pela tenda gigante presente na Alameda do Instituto Superior Técnico passaram diariamente centenas de alunos atraídos pelos nomes sonantes que compunham o cartaz, mas sobretudo pela oportunidade de conviver com profissionais da área e abrir portas para o seu futuro profissional. Esta edição da SINFO contou com 56 empresas, 9 das quais estreantes. “Demos muito valor a ter empresas diferentes porque notámos que muitas vezes as pessoas sentiam que tinham sempre as mesmas empresas para contactar”, salienta Mariana Cintrão, também coordenadora da SINFO 29.

A organização voltou a “notar um grande interesse de empresas” em participar no evento como nos conta Maria Forjó, outra das coordenadoras do certame tecnológico. “Infelizmente não conseguimos acomodar toda a gente, mas é muito bom também percebermos que também do lado das empresas existe um grande interesse em vir e conhecer os nossos estudantes”, refere, por sua vez, Marta Ambrósio, outra das coordenadoras.

Os alunos puderam ainda aprofundar os seus conhecimentos sobre temas da atualidade com workshops desenvolvendo as suas soft e hard skills. Além disso, a organização recompensou os participantes pelo seu empenho no evento dando-lhes a hipótese de ganhar múltiplos prémios.

Se o primeiro dia do evento seria inevitavelmente o mais movimentado pelo fator surpresa, João Pina salienta que a adesão ao evento acabou por se manter estável ao longo da semana e superou “mesmo as expectativas”. “Este ano tem sido o mais constante de adesão ao longo da semana. Normalmente costumávamos ter mais gente na segunda-feira e este ano tem sido muito consistente a adesão nos restantes dias”, partilha o aluno. “Mesmo as empresas que vieram a edições anteriores têm ficado surpreendidas com a adesão e com tudo o que temos melhorado”, denota,  por sua vez, Mariana Cintrão.

Maria Forjó partilha que já tiveram “inclusive um orador que nos disse que era impossível isto ser apenas organizado só por estudantes, portanto também há um sentimento de realização quando vemos empresas virem de propósito falar connosco e dizerem que antes de irem embora tinham mesmo que nos dizer que isto foi incrível, que estava tudo super bem organizado e que os alunos estavam genuinamente interessados, queriam saber as posições, as ofertas das empresas, e isso é também muito positivo”. “É obviamente um sentimento de realização gigantesco quando percebemos que um ano de trabalho valeu a pena”, acrescenta a aluna.

Ano após ano, o sucesso é sempre o ponto de partida e de chegada deste evento tecnológico, e o segredo para tal é o trabalho de equipa, a que comanda esta edição, mas também todas as antecessoras. “Contámos com a ajuda de todas as pessoas que organizaram todas as anteriores edições. A SINFO é feita não só de todas as pessoas que estão atualmente na equipa como também de todas as que estão para trás que ao saírem estão sempre disponíveis para nos ajudar. É por isso é que a SINFO tem esta dimensão, e tudo isto resulta tão bem”, vinca Maria Forjó.

No encerramento de mais uma edição fica uma certeza “nenhum de nós era a mesma pessoa quando começou esta jornada”,  como realça Mariana Cintrão. “É preciso uma dedicação imensa e grande amor à camisola e saber lidar com diversos tipos de situações. Julgo que falo por todos quando digo que conseguimos criar um bom ambiente e uma boa equipa”, colmata a aluna.

Fonte: Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa

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