Foi divulgada a confirmação da existência de um novo anfiteatro na cidade romana de Ammaia , situada na freguesia de São Salvador da Aramenha, concelho de Marvão, no âmbito de uma campanha arqueológica que contou com a participação do Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa (UNIARQ) e da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Investigadores do Centro de Arqueologia da Faculdade de Letras participam na descoberta de novo anfiteatro romano em Portugal
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A campanha de escavações, que teve início em junho e decorre até ao final deste mês, permitiu identificar e confirmar a existência deste que é o quinto anfiteatro romano conhecido em toda a província da Lusitânia, depois dos exemplares de Mérida, Conímbriga, Bobadela (Oliveira do Hospital) e Caparra (Cáceres).
Os trabalhos arqueológicos realizados durante várias semanas permitiram detetar "uma das portas e parte da estrutura de assentamento das bancadas" deste anfiteatro romano que soma cerca de 60 metros de comprimento no seu eixo maior, descreve o comunicado divulgado pela Fundação Cidade de Ammaia.
A identificação deste edifício público foi realizada no âmbito do projeto “Lusitania: Investigación y Proyecto Arqueológico en la Ciudad Romana de Ammaia” que associa a Fundação Cidade de Ammaia e a Fundación de Estudios Romanos/ Museo Nacional de Arte Romano (Espanha), e conta com a participação da Universidade de Lisboa e o apoio do Município de Marvão.
O projeto internacional, que teve início em 2018, tinha como objetivo, este ano, ampliar os trabalhos arqueológicos nos espaços públicos e “na área onde se presumia a localização de edifícios lúdicos da cidade foram previamente realizadas prospeções geofísicas, com a colaboração do Instituto de Arqueología de Mérida” revelou o mesmo comunicado.
Em associação com a Fundação Cidade de Ammaia, docentes e estudantes da Faculdade de Letras e investigadores da UNIARQ têm participado nos diversos projetos de investigação, conservação e valorização desta cidade romana que se constitui como o mais importante vestígio arqueológico da sua época na região do norte alentejano.
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