Doutoramento Honoris Causa Investigadora Sylvie Deswarte-Rosa
A Universidade de Lisboa (ULisboa) atribui o título de Doutor Honoris Causa à Investigadora Sylvie Deswarte-Rosa.
Sylvie Deswarte-Rosa, historiadora de arte de Renascimento, antiga “pensionnaire” (bolsista) da Academia de França em Roma, é Diretora de pesquisa “Émérite” do CNRS na École Normale Supérieure de Lyon, Institut d’Histoire des Représentations et des Idées dans les Modernités.
Quando, no princípio dos anos 70, decidiu dedicar-se ao estudo da arte e da cultura portuguesa do século XVI, escolheu abordar como tema da tese de doutoramento, sob a direção de André Chastel, o conjunto excepcional dos frontispícios iluminados da Leitura Nova, publicando finalmente uma obra intitulada “Les Enluminures de la Leitura Nova”, 1504-1552. “Étude sur la culture artistique au Portugal au temps de l’humanisme”, Paris, Fundação Calouste Gulbenkian, 1977.
Paralelamente à iluminura interessa-se sobretudo pela figura do artista teórico Francisco de Holanda (Lisboa, 1517-1584), iluminador de formação, filho do grande iluminador António de Holanda. Escreveu em torno desta personagem várias obras e um grande número de artigos, em particular: “As Imagens das Idades do Mundo de Francisco de Holanda”, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1987; “Las Edades del Mundo de Francisco de Holanda.” Livro de estudo publicado com a edição facsimilada de “De Aetatibus Mundi Imagines” (Barcelona, Bibliogemma, 2007) ; “Il Perfetto Cortegiano” D. Miguel da Silva, Roma, Bulzoni “I Rinascimenti fuori d’Italia”, 1989; Ideias e Imagens em Portugal na Época dos Descobrimentos. “Francisco de Holanda e a Teoria da Arte”, Lisboa, Difel, 1992 (Prémio da Fundação Gulbenkian).
Prepara atualmente uma obra sobre “A Viagem a Itália de Francisco de Holanda” (1538-1540), uma exposição na Biblioteca Nacional de Portugal sobre as fontes e a historiografia de Francisco de Holanda, “Sob a chama da lucerna” (2018), um “Roteiro holandeano em Évora e arredores” (2018) e uma edição bilingue português-francês do tratado de Francisco de Holanda, “Da Pintura Antigua” (1548).
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