Exposição "Não cruzaremos os braços! Os estudantes de Ciências contra o regime ditatorial e colonialista - 1968-1974"

Esta exposição aborda os confrontos do Movimento Associativo (MA) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa no período de 1968 a 1974. A informação fornecida é baseada nos Improp, cuja publicação acompanhou de forma regular toda a atividade do movimento. Ademais, relata-se o contexto da luta e descreve-se a forma como a repressão se fazia sentir.

Em 1968, nas eleições democráticas para a Associação dos Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa, venceu a candidatura do MA “Um Estudante Novo para uma Universidade Nova”. Em 1969 foi eleita uma nova direção do MA “Unidade Estudantil” e , em 1970, sob o lema “Por uma Universidade Popular” venceu a 3ª direção a que lhe sucedeu uma 4ª em 1973 com a mesma orientação.

A tentativa de suprimir o movimento estudantil na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa envolveu mais de 10 invasões policiais, solicitadas por diversos diretores da instituição e por meio de denúncias de informadores, incluindo alguns professores e funcionários, que frequentemente chegavam à PIDE/DGS. Essas ações resultaram em inúmeras suspensões, expulsões, prisões e até mesmo em incorporações compulsivas no exército colonial.

A inauguração contou com intervenções de Glória Ramalho (Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida), Augusto Freitas (Universidade de Évora) e Vítor Fernandes (Associação dos Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa). A curadoria e a organização contaram com Glória Ramalho, Graça M. Ribeiro, M. Graça Ribeiro, Vasco Costa.

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