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Investigação e Desenvolvimento

Aeronaves não tripuladas do Instituto Superior Técnico da ULisboa fazem história em exercício militar

As aeronaves não tripuladas foram lançadas de balões a 15 e 30 km de altitude, um "recorde nacional". Sistema pode ter aplicabilidade na prevenção e vigilância de incêndios.

Aeronave no ar

Numa parceria entre o Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa e a Marinha Portuguesa, lançaram-se, a 19 de setembro, duas aeronaves, a partir de balões, a altitudes de 15 e 30 Km. “É um recorde nacional de voo de aeronaves não tripuladas em Portugal”, descreve Alexandra Moutinho, professora do Técnico e investigadora do Instituto de Engenharia Mecânica (IDMEC). A aterragem das aeronaves foi também concluída com sucesso no NRP Setúbal, um navio-patrulha oceânico.

Os voos decorreram no âmbito da 14.ª edição do REPMUS (Robotic Eexperimentation and Prototyping with Maritime Unmanned Systems), exercício militar anual da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) do qual Portugal é anfitrião, e contaram com a colaboração da Célula de Inovação e Experimentação Operacional de Sistemas Não Tripulados da Marinha Portuguesa (CEOV).

Com o Eye in the Sky, projeto coordenado por Alexandra Moutinho e Carlos Henriques, investigador do IDMEC, será possível uma cobertura alargada de comunicações e imagens aéreas. O sistema poderá ter aplicabilidade na deteção e monitorização de incêndios, colocação de sensores em áreas remotas (oceânicas ou terrestres) e como satélite temporário para observação da Terra ou repetição de comunicações de emergência. “A rapidez e facilidade de lançamento e reduzidas assinaturas térmica e acústica tem atraído o interesse de potenciais utilizadores nos domínios civil e militar”, descreve a investigadora.

Participaram também no exercício REPMUS, que decorreu entre 9 e 27 de setembro, em Tróia e Sesimbra, o projeto de investigação VIGILANT (veículo terrestre não tripulado desenvolvido em colaboração com o Exército) e os núcleos de estudantes Técnico Solar Boat (embarcação autónoma elétrica) e AeroTéc – Núcleo de Estudantes de Engenharia Aeroespacial, com o Projeto Atlas (aeronaves autónomas).

No último mês de junho, os projetos Eye in the Sky e UGV Vigilant (drone terrestre) participaram na 2.ª edição do Artex (Army Technological Experimentaion) programa organizado pelo Exército Português para a sua modernização que permite a empresas e instituições de ensino superior testar soluções tecnológicas em desenvolvimento e com possíveis aplicações militares em campo.

Fonte: Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa

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