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Cultura e Lazer

“Cantar Zeca ou Fausto é, para mim, um exercício delicado, como quem manuseia um objeto de estudo precioso” – Entrevista a João Neves

João Neves é mais um dos convidados do concerto “Mão na Música” , que se realiza no dia 6 de maio, às 21h, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa.

“Cantar Zeca ou Fausto é, para mim, um exercício delicado, como quem manuseia um objeto de estudo precioso” – Entrevista a João Neves

Entrevistámo-lo para percebermos o seu entusiasmo por partilhar música “com músicos tão inspirados”, tais como Nuno da Rocha e André Hencleday.

De que forma é que este projeto se diferencia de outros em que esteve envolvido?

Aquilo que me entusiasmou desde o início, assim que me foi endereçado o convite para participar neste projeto, foi o cruzamento de duas áreas que já eram, de alguma forma, próximas ao meu trabalho, mas que eu ainda não tinha integrado desta forma: por um lado, um repertório que me era familiar, até de certa forma adjacente a outros projetos a que tenho dado voz, mas aqui, e por outro lado, com a possibilidade de uma reinterpretação à luz da música contemporânea, com um tipo de instrumentação e arranjo talvez menos convencionais.

É um lugar que, embora facilmente reconhecível e confortável, se me apresenta como uma novidade total, muito estimulante. Não alterando necessariamente a minha forma de interpretar, a energia que se gera é, com certeza, muito diferente. 

É uma responsabilidade interpretar temas tão importantes do cancioneiro tradicional português?

Sempre, claro! Cantar Zeca ou Fausto é, para mim, um exercício delicado, como quem manuseia um objeto de estudo precioso, com cuidado para não o danificar, mas também com a intenção de o apresentar, depois de feito o reconhecimento, segundo o meu ponto de vista. Neste caso acresce, ainda, a responsabilidade de fazê-lo ao lado de nomes como do Sérgio e do Adolfo, que é também uma honra.

Houve espaço para um contributo pessoal?

Neste caso, os arranjos são previamente pensados pelo Nuno e pelo André.

O meu contributo é feito em cada interpretação vocal, onde sinto que tenho muita margem para navegar livremente dentro das estruturas propostas. É uma comunicação muito orgânica entre os três e considero um privilégio partilhar música com músicos tão inspirados.

evento que acontece no dia 6 de maio tem entrada livre, mediante convite e limitada à lotação da sala.

Os convites estão disponíveis para levantamento nas lojas da ULisboa, na Reitoria e no Caleidoscópio.

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