As coleções de anfíbios e répteis do IICT recuperadas já deram origem à descrição de sete novas espécies para a ciência.
Museu de História Natural e da Ciência recupera coleções do Instituto de Investigação Científica Tropical
O MUHNAC recuperou coleções com 5173 espécimes de anfíbios e répteis recolhidos em missões do século XX nos países lusófonos tropicais e desde então foram descritas sete novas espécies para a ciência.
Com a integração, em 2015, do Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT) na Universidade de Lisboa, grande parte das coleções científicas deste Laboratório de Estado ficou à guarda do MUHNAC-ULisboa.
Estas e outras espécies são de enorme interesse científico e nalguns casos até bastante raras. Estas coleções «são um registo irrepetível da biodiversidade mundial», afirma Luís Ceríaco e explica que «a nossa coleção é rica em espécimes de áreas historicamente pouco amostradas, o que lhes dá uma importância acrescida. Embora não tenhamos nenhuma espécie na coleção que mais nenhum museu tenha, temos alguns espécimes que são raros nos museus mundiais. Falo por exemplo da anfisbena de Angola, Dalophia angolensis».
A coleção inteiramente informatizada e os seus dados disponíveis online para toda a comunidade no portal do Global Biodiversity Information Facility (www.gbif.org).
Este projeto cuja coordenação foi partilhada entre Luís Ceríaco e Mariana Marques, curadora assistente, e que envolveu também Diogo Parrinha, da Universidade de Lisboa, culminou com a publicação na revista científica de acesso livre ZooKeys, a 31 de julho, do artigo “Saving collections: taxonomic revision of the herpetological collection of the Instituto de Investigação Científica Tropical, Lisbon (Portugal) with a protocol to rescue abandoned collections”.
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