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Cultura e Lazer

“A música tem de se agarrar a todas as asas da liberdade” – Entrevista com Sérgio Godinho

Sérgio Godinho é um dos convidados do concerto “Mão na Música” .

“A música tem de se agarrar a todas as asas da liberdade” – Entrevista com Sérgio Godinho

Nuno da Rocha e André Hencleday são os protagonistas deste concerto que se realiza no dia 6 de abril, às 21h, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa.

Falámos com Sérgio Godinho para percebermos como se sente por regressar a esta sala icónica da cidade de Lisboa.

Como se sentiu ao receber o convite para integrar este projeto?

É evidente que me senti bem, senão não tinha aceitado. Gosto sempre de novos desafios desde que eles correspondam a alguma coisa que me faça sentido e, neste caso, fez-me sentido.

O nome deste espetáculo é o título de um dos seus temas. Qual é a importância que tem para si?

De facto, não estava à espera do nome deste espetáculo e fiquei surpreendido com a proposta, embora reconheça que “Mão na Música” é adequado a um espetáculo. Sobretudo porque também corresponde a um tema que é meu e que eu próprio pus a hipótese de ser título do disco em que esteve inserido, que acabou por se chamar “Muito Consentimento”.

Como é interpretar novos arranjos das suas músicas?

Gosto sempre de ter novos arranjos para as minhas canções. Já houve arranjos com várias, mais do que uma banda além da minha. Nós próprios, muitas vezes, na minha banda renovamos os arranjos. Mas também já toquei com filarmónicas, com uma orquestra sinfónica a Metropolitana  de Lisboa, e com a orquestra de jazz de Matosinhos, por exemplo.

Penso que as minhas canções são muito plásticas, adaptam-se a várias linguagens e, eu próprio, gosto de penetrar nesse universo e sentir-me à vontade. Portanto aqui, mais uma vez, é um novo desafio, como já disse, porque nunca tinha tocado com um arranjo que “roça” a música erudita a vários títulos.

Na sua opinião, música e liberdade podem ser dissociáveis?

Quanto a mim, música e liberdade não são dissociáveis. Se bem que a música tem sido muitas vezes utilizada, ou mesmo escrita, para fins que não se compaginam com a noção da liberdade. Tome-se como exemplo extremo o hino nazi, por exemplo.

Acho que a música tem de se agarrar a todas as asas da liberdade e a todos os seus gestos criativos, e utilizada tal qual. Já disse e escrevi, penso eu, que a liberdade é o Norte que orienta a minha bússola. Ela é, para mim, uma palavra-chave.

O evento que acontece no dia 6 de maio tem entrada livre, mediante convite e limitada à lotação da sala.

Os convites estão disponíveis para levantamento nas lojas da ULisboa, na Reitoria e no Caleidoscópio.

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