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Investigação e Desenvolvimento

Vencedores do desafio ULISSES 2022

Com a participação de 22 estudantes das Escolas da ULisboa, de universidades parceiras da rede Unite! e de outras universidades estrangeiras, a segunda fase do projeto ULISSES decorreu, em Lisboa, entre 4 a 22 de julho de 2022.

Vencedores do desafio ULISSES 2022

O projeto vencedor do desafio ULISSES 2022 foi o STELLA (Sensing Technological Empiric Live Location Applicative), desenvolvido e apresentado pela equipa Indigo composta por Matilde Ho (Universidade de Lisboa), Francisco Cortez (Universidade de Lisboa), Fabrizio Sulpizio (Politecnico di Torino) e Anke Kuijpers (Antwerp Maritime Academy), com a mentoria de André Ventura Gomes (Universidade de Lisboa) e Tiago Gil (Universidade de Lisboa). A par do projeto vencedor, foram apresentados 3 outros projetos pelas equipas participantes do ULISSES (ULisboa ’s Interdisciplinary Studies on Sustainable Environment and Seas).

Este é um projeto educativo internacional que visa proporcionar aos estudantes uma experiência de aprendizagem ativa e a aquisição de competências relacionadas com a preservação dos Oceanos. Os 19 estudantes que participaram na fase de projeto trabalharam em equipas multidisciplinares e internacionais durante três semanas, em Lisboa, para apresentar propostas de resolução a um desafio atual relacionado com a sustentabilidade dos Oceanos.

A equipa vencedora do desafio refere que “O projeto Ulisses fez-nos compreender aprofundadamente várias facetas do problema dos plásticos nos oceanos, desde a dificuldade em detetá-los nos seus vários tipos, formas e tamanhos, ao impacto que têm nos ecossistemas e cadeias alimentares e até aos enormes desafios implicados na sua reciclagem e processamento.

Perante esta diversidade de áreas em que podíamos ter impacto, a nossa equipa focou-se em desenvolver uma solução inovadora para a deteção de micro e nano plásticos que tantas vezes passam despercebidos nos oceanos, rios e águas residuais e entram nas cadeias alimentares acumulando-se em níveis perigosos nos níveis tróficos superiores, onde se encontra, entre outros, o ser humano.

A solução por nós desenvolvida consiste no primeiro sensor que permite a deteção e quantificação de partículas de plástico com dimensões tão pequenas como 100 nm, no local e de forma contínua.       

Para isto, o sensor remove as partículas de plástico da água analisada, usando uma membrana de nanofibra eletrofiada polarizada, concentra-as numa amostra de água filtrada. De seguida mede a diferença de condutividade entre esta e uma amostra referencia local de água filtrada.

Além de quantificar as partículas de plástico no local, o sensor liberta a água filtrada e ainda acumula o plástico recolhido, podendo este ser removido a posteriori concentrado e seco numa segunda membrana a descartar.       

O sensor poderá ser aplicado numa variedade de robots marinhos, boias com painéis solares, ou estruturas fixas, aumentando a sua aplicabilidade.”     

A proposta da equipa inclui ainda modelos de negócio envolvendo a aplicação do seu protótipo em mercados ligados à aquicultura, turismo e gestão de municípios costeiros.

A equipa revelou-se orgulhosa do resultado atingido: “Estamos gratos pela oportunidade e reconhecimento dado pela equipa de especialistas do Ulisses. Mas acima de tudo, estamos contentes por perceber que, por muito grande que seja o problema, somos muitos e diferentes neste planeta e há razão para esperança, quando 4 ou 5 se juntam numa sala com a mesma boa vontade e motivação.” Francisco Cortez, Anke Kuijpers, Fabrizio Sulpizio e Matilde Ho.

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