Jardim Botânico da Ajuda
O Jardim Botânico da Ajuda (JBA) foi integrado como infraestrutura de ensino e investigação do Instituto Superior de Agronomia em 1910. O JBA foi fundado em 1768, tendo sido projetado por Domingos Vandelli, botânico italiano, a mando do rei D. José. Instalado nos terrenos do Palácio da Ajuda, o jardim fazia parte de um conjunto, complementado por um Museu de História Natural e por um Gabinete de Física destinado à educação dos príncipes. Os seus objetivos foram, posteriormente, alargados, tendo sido o primeiro jardim botânico em Portugal desenhado com o fim de manter, estudar e colecionar o máximo de espécies do mundo vegetal – nomeadamente de espécimes provenientes das ex-colónias, para onde se enviaram expedições. Destaca-se o seu segundo diretor, Félix de Avelar Brotero, botânico português, professor da Universidade de Coimbra, nomeado diretor do Real Museu e Jardim Botânico da Ajuda em 1811. O Jardim possui uma área de 3,5 ha, divididos por dois tabuleiros. No tabuleiro superior encontra-se a coleção botânica e no tabuleiro inferior o jardim de passeio ornamental com buxo e traçado conforme as regras do jardim de recreio. Existe ainda o ‘jardim dos aromas’ com plantas aromáticas e medicinais, desenhado para invisuais, e o arborinho. A arquitetura do JBA segue os modelos renascentistas em terraços talhados na encosta, tendo três elementos fundamentais: pedra esculpida, plantas e água em fontes e lagos. No entanto, os ornamentos existentes no jardim têm influências marcadamente barrocas, particularmente a fonte central e as escadarias (laterais e central). Foi, também, o primeiro jardim utilizado pelos alunos da Escola Politécnica, cuja tutela científica e administrativa passou para a Escola em 1839.
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Calçada da Ajuda
1300-011 Lisboa
Portugal