Museu Nacional de História Natural e da Ciência
Edifício construído para a Escola Politécnica de Lisboa entre 1857 e 1878, foi Faculdade de Ciências a partir de 1911 até, grosso modo, ao incêndio de 1978 e hoje acolhe os Museus da Universidade de Lisboa/Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUL/MUHNAC), desde a fusão do Museu de Ciência da Universidade de Lisboa (1985) com o Museu Nacional de História Natural (1858) ocorrida em 2011.
A autoria do projeto de arquitetura não é clara, tendo nele participado o General Silva e Costa, presidente da Junta Administrativa da Escola Politécnica, os professores de Desenho Luis Muriel e João Pedro Monteiro e, finalmente, Pierre-Joseph Pézerat, a quem José Augusto França atribui a forma definitiva do edifício. O edifício, de traço neoclássico, foi construído sobre os escombros de um outro edifício, destruído por um incêndio em 1843, onde tinham estado instalados o Noviciado da Cotovia (século XVII) e o Colégio dos Nobres (século XVIII). É enquadrado a Oeste pela designada ‘avenida das Palmeiras’, que terá sido plantada no início do século XX, e a Norte pelo Jardim Botânico. O edifício possui vários outros edifícios anexos: o antigo edifício da cantina (atual Teatro da Politécnica) e outras construções mais pequenas, a Este, e o edifício da Sala do Conselho e Sala de Leitura da Biblioteca, prolongado até à rua da Escola Politécnica, a Oeste. Os interiores originais foram destruídos no incêndio da Faculdade (1978), à exceção do Laboratorio Chimico (na ala Sul), Gabinete de Física e Instituto D. Luís (ambos na ala Norte). Integra o ‘núcleo principal da antiga Escola Politécnica - Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa’ classificado como Monumento de Interesse Público em 2013.
Inclui o Edifício das Estufas classificado como Monumento Nacional,e concebido pelo arquiteto José de Almeida Segurado (1913-1988), então funcionário do Ministério das Obras Públicas. Projetado a partir 1962 e concluído volvidos quatro anos, trata-se de um edifício com nítida inspiração na moderna arquitetura brasileira. Possui dois corpos distintos, mas unidos: a estufa, envidraçada, apresenta cobertura convexa prolongada pela estrutura de arcos parabólicos, destacando-se no corpo dos anexos, de aspeto retilíneo, o uso de tijolo nas fachadas contrastando com o verde do jardim. Veio substituir a estufa oitocentista com estrutura em ferro e vidro (1878), que já em inícios do séc. XX mostrava sinais de ruína e fora por diversas vezes restaurada, sendo definitivamente demolida para dar espaço às novas instalações. Para além do seu arrojo arquitetónico, a nova estufa permitiu um incremento técnico da investigação então desenvolvida. Atualmente, o edifício acolhe diversos gabinetes de investigação e laboratórios, bem como uma área de exposição e de serviço educativo.
Contactos
Rua da Escola Politécnica 56/58,
Príncipe Real
1250-102 Lisboa
Portugal