Diogo Magalhães e Silva, investigador no iMed.ULisboa, estudante de doutoramento na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, acaba de ser distinguido pela fundação La Caixa com uma Bolsa que irá apoiar a investigação de um novo tratamento para vários tipos de cancro, com menos efeitos secundários.
Diogo Magalhães e Silva distinguido com Bolsa pela Fundação La Caixa
O investigador tem desenvolvido trabalho cruzando a química e a biologia, com o intuito de encontrar ferramentas que contribuam para mais e melhores terapêuticas.
O projeto “Improving the efficacy of cancer treatments while reducing their toxicity” pretende chegar a uma nova terapia que reconheça as células cancerígenas, de modo a que apenas estas sejam “atacadas”, diminuindo os efeitos secundários provocados pela terapia convencional.
Na entrevista da Faculdade de Farmácia da ULisboa ao Investigador, Diogo Magalhães e Silva explica como procurará chegar a esta nova terapia: “vamos tentar entregar mais fármaco nas células cancerígenas do que nos tecidos saudáveis. Nós criámos um autocarro (o nosso sistema) que tem um número de passageiros fixo (neste caso, o fármaco). O que vai acontecer é que o autocarro (o nosso sistema) vai deixar sair mais passageiros (fármaco) no cancro do que nos tecidos saudáveis. (…) As terapias usadas hoje em dia não são seletivas, sendo tóxicas para as células cancerígenas, mas também em tecidos saudáveis. Isto causa efeitos secundários indesejáveis, e muitas vezes os doentes têm de parar o tratamento por causa destes efeitos secundários.” acrescentando que “o desenvolvimento de um novo medicamento pode demorar 15 anos, se tudo correr bem.”.
No seu testemunho, o investigador deixa ainda um conselho aos jovens investigadores: “Como o professor Helder Mota Filipe menciona, vivemos um período de grande inovação terapêutica, o que faz com que a área da investigação seja muito interessante, mas também muito exigente. (…) é muito importante manterem um espírito de mente aberta porque, quanto com mais áreas de conhecimento das ciências farmacêuticas contactarem, maior vai ser o vosso conhecimento adquirido e, consequentemente, maior o impacto da investigação que fazem para a sociedade.”
O trabalho do investigador da Faculdade de Farmácia ficou entre os 4 projetos financiados pela Fundação La Caixa, em Portugal, num total de 15 na Península Ibérica.
Leia a entrevista na integra no site da Faculdade de Farmácia da ULisboa.
Saiba mais sobre este projeto na página da Fundation la Caixa.
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